ghostbusters Assim como famosas casas mal-assombradas do cinema o Estádio do Morumbi tem sido a morada de um fantasma. A alma penada tem passeado pelos corredores do Gigante e assobrado os funcionários e torcedores que assistem incrédulos as artimanhas desse “Gasparzinho” nada camarada.

O fantasma Tricolor tem várias faces, hora se mostra como apatia, por vezes como falta de planejamento e deverás sempre é conhecido por arrogância.

Diz a lenda, que essa assombração malcriada foi alimentada pelos próprios dirigentes do Maior do Mundo que em sua empáfia, respaldada por títulos recentes, nutria o monstro.

Segundo contam, a aparição sempre esteve ali. Teria sido trancafiada no início da década de 90, perseguida e enclausurada em 2005 e, mesmo acuada, entre 2006 e 2008 aprontava das suas coincidentemente no início desses anos.

Em 2009 o fantasma ganhou força atacou o ano todo, vitaminado, pelas nada modestas declarações do presidente e asseclas do Mais Querido, o bicho se inflou. Derrubou o técnico, aterrorizou jogadores e assustou a diretoria.

Pensava-se que os mandatários do Morumbi haviam aprendido a lição, apesar de fora de hora chegaram novos atletas para combater a alma penada, peças de indiscutível qualidade técnica e que se acreditava serem os exterminadores do assustador monstro que rondava o Morumbi.

Nem a falta de títulos de 2009 foi capaz de diminuir a soberba dos dirigentes, que mesmo tendo agido – sem um planejamento adequado – para acabar com o fantasma, ao mesmo tempo continuou (e dizem, continua) o alimentando.

As últimas aparições da assombração têm afetado até aqueles que foram contratados para acabar com ela. Na forma de apatia a alma penada dominou facilmente os caçadores e tornou o exército Tricolor modorrento e sem alma.

Como falta de planejamento o monstro apareceu em todos os clássicos paulistas, arrasou o Maior do Mundo e colocou em risco a intenção de domínio sul-americano pelos são-paulinos.

Corre o boato que o fantasma tem influenciado até as decisões da alta cúpula que, sobrepujada, escolheu um comandante apático para levar a armada do São Paulo de volta a trilha dos títulos, tornando mais fácil o domínio da assombração.

Com cada vez menos esperança, os torcedores do Mais Querido esperam a reação da legião Tricolor contra a alma penada que possuiu o Morumbi.

Na próxima quarta-feira o exército estará no México para mais uma dura batalha, a mais importante do ano até o momento. Esse duelo já foi influenciado pelo fantasma em território brasileiro que como falta de planejamento fez os melhores combatentes serem utilizados antes da longa viagem.

Espera-se que a alma penada não tenha acompanhado os tricolores no voo para a terra do Taco como apatia e que os são-paulinos se tornem guerreiros e conquistem uma vitória.

PS: Esse texto foi escrito de forma mais lúdica  em homenagem ao grande jornalista (e poeta), Armando Nogueira que nos deixou no dia de hoje. Armando foi um dos criadores do Jornal Nacional, cronista esportivo de estilo poético que dominava as palavras como ninguém e sempre serviu de inspiração para novos e experientes jornalistas.

Saudações Tricolores com saudades e lembranças de Armando Nogueira!