por Tonni Torres

Mesmo que gritemos para os nossos amados rivais que o Paulistinha (sim, no diminutivo) não nos interessa em nada, é óbvio que qualquer são-paulino quer ver o time montado e jogando bem logo no início do ano. Até mesmo para que a gente comece a visualizar o time que vai brilhar na Libertadores.

Quem é que, ao ver os dois gols de Washington contra a Lusa, não começou a imaginar W9 marcando contra o Boca Júniors, em uma tão sonhada final do torneio que mais nos enche os olhos? Por tudo isso que eu começo a matutar qual seria a formação ideal do SPFC para a Copa Libertadores.

Vale ressaltar que, nesse torneio, um critério técnico será mais importante que os outros - a força. Coisa que no Paulistinha não tem a menor importância, afinal uma coisa é encarar um zagueirinho do Oeste e outra é trombar com um beque uruguaio.

Olhando para os últimos anos (bons anos por sinal), seria fácil dizer que o 3-5-2 é o nosso esquema e ponto final. Mas hoje, vejo que a mudança tática será fundamental para a nossa glória. Primeiro porque muitos dos adversários de 2009 já conhecem o esquema tricolor. Segundo porque, finalmente, teremos ótimas opções para o meio de campo.

Acredito que Eduardo Costa será o "homem" que falta nessa faixa do campo. Apesar do garoto Jean ser muito bom, o ex-gremista tem o que falta ao nosso time - um volante brucutu que bate quando é preciso, que catimbe e que consiga mecher com os nervos dos adversários.

Minha sugestão para o tricolor na Libertadores: R. Ceni; Wagner Diniz (Zé Luiz), Miranda, André Dias e Junior Cesar; Eduardo Costa, Hernanes, Arouca e Hugo; Dagoberto e Washington.

O mais importante é que, nesse ano, o tricolor pode variar seu esquema tático sem tantas improvisações. Chega de zagueiro jogando de meia, de volante jogando de lateral! E, claro, chega de Richarlyson!


Toni Torres é jornalista, assessor de imprensa e autor do livro 'A Arquitetura da Exclusão - a ocupação do Edifício Prestes Maia'.