Por Tonni Torres*


Como o nosso querido amigo Adriano anda muito ocupado, hoje sou eu quem comenta o jogo contra o Guarani, realizado em Campinas.

O Bugre, único time do interior paulista a ser campeão brasileiro, bem que tentou. Lutou, pressionou, mas não foi dessa vez que o tabu de quase 12 anos sem vencer o Tricolor caiu.

O primeiro tempo foi horrível. O São Paulo não fez absolutamente nada e o Guarani, mesmo em sua casa, parecia ter medo de chutar no gol. Na etapa final a coisa melhorou. O time de Campinas mudou sua postura e veio arrasador. Era, disparado, o time que mais atacava. Por muito pouco o time alvi-verde não abriu o placar. Se não fosse o grande zagueiro André Dias, o São Paulo teria se complicado.

Mas são nessas horas que a estrela de um bom técnico, ou melhor, de um bom treinador fala mais alto. Muricy fez duas alterações que, simplesmente, mudaram todo o jogo. Tanto que no primeiro ataque do Tricolor, Jorge Wagner cruzou na direção do Coração Valente e o zagueiro do Guarani, Plínio, colocou para dentro. Claro que Washington comemorou como se fosse o seu terceiro gol no campeonato, mas infelizmente o trio da arbitragem assinalou gol contra do Guarani.

A partir daí o São Paulo jogou como gostamos de ver - dominando o adversário com maestria. Para matar o jogo era questão de tempo. Em um contra-ataque veloz, Dagoberto passou a bola para Hernanes, que com toda a calma do mundo balançou as redes. 2 X 0.

O Guarani não tem mais 100% de aproveitamento e o São Paulo conquista sua segunda vitória, chegando agora a vice-liderança do Paulistinha. Mesmo não jogando tudo que sabe, o Tricolor mostra ao torcedor que ele pode sonhar com voos ainda mais altos esse ano.

Analisando o time nesse jogo, meu destaque vai para Bosco, que sempre substitui Ceni a altura, e para MR, que novamente cala a boca de um bando de cornetas.

Foto: Agência Estado

*Tonni Torres é jornalista, assessor de imprensa e autor do livro 'A Arquitetura da Exclusão'.