O presidente Juvenal Juvêncio, o falastrão, o homem que tem o rei na barriga e acha que o São Paulo é sempre o time a ser batido e único ser supremo do mundo do futebol tem influenciado diretamente no espírito da equipe. Sua arrogância traz a apatia ao grupo que, como o mandatário, se acha imbatível.

Infelizmente, mesmo com o Tricampeonato Brasileiro o Tricolor nunca foi (bem que eu queria que fosse) o ser supremo do futebol do Brasil. Ou vamos esquecer as eliminações na Libertadores? Todas para times brasileiros.

A verdade é que as conquistas subiram à cabeça dos são-paulinos, da diretoria a torcida, e isso só trouxe duas coisas para o Maior do Mundo: a antipatia de outros clubes e imprensa que foi alimentada por três anos pelo presidente e pelo delicado jeito de ser do ex-técnico Muricy Ramalho e a falta de humildade dos jogadores que vivem de salto-alto e não conseguem produzir um futebol convincente por acharem que sempre sairão vitoriosos no final.

A empáfia Tricolor gerou diversos atritos políticos e tornou o “contra tudo e contra todos” slogan da torcida e diretoria que se inflam a cada vitória ao invés de manter os pés no chão e reconhecer que existem outras equipes, outros trabalhos de diretorias de adversários tão bons ou melhores que os do São Paulo Futebol Clube.

Você se lembra de algum jogador do Mais Querido nos últimos anos ter pronunciado a palavra humildade? Você se lembra a última vez que algum diretor reconheceu um adversário como um time superior ao São Paulo? Você já ouviu alguém no clube reconhecer seus erros?

Enquanto isso não acontecer, se não partir de cima, o que veremos é um time com a apatia daqueles que acham que está tudo ganho e não se esforçam para mudar o rumo da partida. Enquanto o exemplo de soberba vier do presidente do clube, os são-paulinos não verão jogadores humildes, que corram atrás da bola e comam grama se necessário para vencer as partidas e eliminar os rivais.

Será que 11 eliminações em mata-matas não são um sinal de que o São Paulo não é tão Soberano como seu presidente pensa?

Será que quatro eliminações na Libertadores para times brasileiros não provam que a humildade e a raça podem ajudar ou até superar a técnica?

Será que as eliminações no paulista seguidas de maus resultados no torneio Continental não demonstram que a diretoria está errando no planejamento ao priorizar o Estadual por causa da briguinha de comadres com a FPF?

Será que não é hora de reconhecer os erros? De ver que existem rivais tão bons e às vezes melhores? De ser humilde?

Com a palavra, ou melhor, a oportunidade de mudar (ser menos arrogante), o presidente do São Paulo Juvenal Juvêncio, sua diretoria, técnico e jogadores.

Mea-culpa:
Ao ler um dos comentários que foram feitos percebi que não deixei claro uma coisa em relação ao post. Como o Mochilon disse devo ter errado a mão, fruto da paixão por um clube que é muito Maior que diretoria e jogadores.

Quando falo das brigas políticas não peço que o SPFC seja submisso a dirigentes como Ricardo Teixeira de Del Nero que usam do seu poder para obter vantagens, apenas acho que essas brigas deveriam ser mais políticas e menos folclóricas, ou seja, que a diretoria Tricolor se posicione com seriedade e não com prepotência e falácias como geralmente faz.

Em relação ao paulistinha, acho que ficaria muito mais vexatório para federação se o Maior do Mundo simplesmente ignorasse o torneio, jogando com reservas e até juniores, usando o torneio para preparação, mas de forma planejada.

Concordo que a diretoria teve acertos, não a toa conquistou um inédito Tri-brasileiro, mas acho que isso tem subido a cabeça dos mandatários mesmo sem que tenham conseguido um objetivo maior. Além disso, é fato que todo começo de ano temos sofrido por conta de mal planejamento.

O São Paulo pode ser (e é) o Maior Clube do Brasil, é reconhecidamente o que tem mais títulos internacionais, foi vencedor nos últimos anos, mas acredito que até mesmo os vencedores precisam ter humildade para se manter no topo.

Enfim, acho que a empáfia do Juvenal atrapalha, mas não questiono a grandeza do MAIOR DO MUNDO.

Saudações Tricolores menos felizes do que de costume!