É impressionante como a competência de alguns incomoda demais outros, caro leitor. A partir de situações vistas nos últimos anos, em especial devido ao planejamento, estrutura e competência do SPFC, outros clubes buscam fora das quatro linhas uma soberania que está mais que visível, e por méritos salutares, nas mãos do clube do Morumbi.

E olha que isso não é papo de torcedor não! Amparado em fatos, ou melhor, em títulos, o São Paulo Futebol Clube é sim o maior clube do país graças as suas conquistas em âmbito nacional e internacional. Eis que, adversários ‘ofendidos’ com a tal supremacia reivindicam junto à CBF a unificação de títulos nacionais a partir de 1959 (50 anos atrás!!!!!). Atualmente, essa contagem é regularizada e considerada pela CBF a partir de 1971, quando o CAMPEONATO BRASILEIRO começou a ser disputado. E com isso, até onde vai a ‘pequenes’ desses clubes?

Explico melhor – será enviado aos reinos da CBF (esse é meu medo), um ofício assinado por Palmeiras, Santos, Cruzeiro, Bahia, Botafogo e Fluminense para que, a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (???) sejam reconhecidos como campeonatos brasileiros. A Taça Brasil era uma espécie de Copa do Brasil, com alguns campeões e vice campeões dos estaduais que disputavam eliminatórias em ida e volta. Clubes Paulistas e Cariocas entravam nas semi-finais. Mais ‘difícil’ que pontos corridos, não é? Muito mais... com essa ‘super disputa’, o time da colônia ganhou 2 vezes e o Santos 5 vezes.

O outro torneio, carinhosamente chamado de Robertão (uau) foi criado em 1967 a partir do Torneio Rio-São Paulo. Depois foi ampliado para, reunir Palmeiras, Corinthians, Santos, São Paulo, Portuguesa-SP, Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo e Bangu, Internacional, Grêmio, Cruzeiro, Atlético-MG e Ferroviário-PR. No ano seguinte, Bahia, Náutico e Atlético-PR foram inclusos. Depois, em 1969, o Amériquinha entrou no lugar do Bangu e Coritiba e Santa Cruz representavam seus estados. Em 1970, o Atlético-PR voltou. Ufa! Sem dúvida era mais difícil pensar em como seria o torneio, do que jogá-lo.

Como podem ver, muito bem organizado! Em suma, contando os dois campeonatos que NÃO ERAM CAMPEONATOS BRASILEIROS, Santos e Palmeiras somariam 8 títulos nacionais. Entendo perfeitamente a vontade e gana de dirigentes de outras agremiações, inclusive das federações de ver o fracasso da competência. Entendo também, quão incomoda ser bem planejado, não ter crises e não ser comandados por torcidas organizadas.

Imagino que o próximo passo seja buscar em ‘torneios guadalajara’ um bom motivo para dizerem que tem mais Libertadores e Mundial que o Tricolor. Apesar da crítica velada, talvez eu entenda um pouco a manobra dos citados clubes, que ficam cada vez mais para trás, com diretorias monárquicas e que, somente depois de amargarem a lama e segundas divisões, precisam mostrar algo ao seu torcedor. Só espero que não haja conluio com Instituições que regem a maior paixão deste país.

Tentem. Sugiro que insistam muito nisso. Quem sabe, injustamente, alguns sarcófagos abram durante a madrugada para a comemoração dos referidos títulos ‘brasileiros’. Enquanto isso, se continuar do jeito que está, ainda verão a sala de troféus do clube do Morumbi receber anualmente outras taças idênticas a que levantamos nos últimos 3 anos. A não ser que mandem um ofício pedindo a saída do Tricolor do referido campeonato...

Saudações Tricolores!