Infelizmente, por motivos pessoais não pude acompanhar o jogo deste domingo. Com isso, reproduzo a coluna de Daniel Perrone (http://colunas.globoesporte.com/danielperrone/), do Blog do Torcedor, que sem dúvida nenhuma é gabaritado para opinar com o que de melhor (?) aconteceu no jogo do Tricolor pelo Paulisteco contra o Jundiaí.
Abs e Saudações Tricolores!

Ê futebolzinho “pão com ovo” o do tricolor neste domingo, heim rapaziada???!!!

Jogando praticamente com dez homens em campo (Hugo estava em boa parte da partida) o São Paulo fez mais uma apresentação irregular e deu uma ducha de água fria no torcedor, com um famigerado empate em Jundiaí, pelo Paulistinha 2009.

Pensando em acelerar a sua classificação, o São Paulo foi a Jundiaí com o que tinha de força máxima. Do time titular escalado por Muricy Ramalho, André Dias, Junior Cesar e Zé Luis não puderam participar. Rodrigo, Hugo e Arouca substituiram os ausentes.

Lembrando que Dagoberto também não era opção de banco devido a expulsão contra o Mogi Mirim, que acarretou-lhe dois jogos de gancho.

O primeiro tempo do São Paulo, na minha opinião, foi ruim. Mais uma vez, assim como na partida diante do Defensor, pela Libertadores, o São Paulo demorou para entrar no jogo. O time estava com a marcação frouxa no meio campo e isso permitiu muitas vezes o ataque do Paulista ficar no mano a mano com os defensores tricolores. Miranda, na esquerda, assim como Rodrigo e Renato Silva pela direita, ficavam reféns da péssima marcação pelos lados do campo.

Só após 20 minutos de jogo o São Paulo melhorou a postura e passou a controlar as ações da partida. Hernanes, vigiado no meio campo, recuou para as descidas de Jorge Wagner e até Jean. Arouca, perdido no lado direito, pôde avançar com a cobertura de Renato Silva e as bolas chegaram melhores para Washington e Borges. Os atacantes poderiam ter aproveitado um pouco mais as oportunidades que surgiram, mas gostei da movimentação deles na primeira etapa e, principalmente, das tabelas e assistências entre os dois atacantes.

O primeiro tempo terminou empatado. Uum resultado justo pelo que as duas equipes fizeram, ou melhor, pelo que deixaram de fazer. Como é ruim ver um time sem alas ou laterais de oficio. As jogadas ficam restritas ao meio. Além disso, a defesa tricolor mais uma vez sofreu além da conta.

Veio o segundo tempo e, com ele, os primeiros chutes de fora da área do tricolor, coisa que era para acontecer com mais frequência. Num escanteio, fruto de um chute de longa distância, Rodrigo marca para o Maior do Mundo aos 7 minutos após confusão na pequena área.

Inexplicavelmente após a vantagem, o tricolor recuou e permitiu o empate em seguida, aos 12 minutos, em falha de marcação em um escanteio. Como torcedor, gostaria de saber quem é que ordena esse recuo logo após um gol. O técnico? Os jogadores? O presidente do clube? O presidente da República? A Down Jones? A Nasdaq? Seria bom alguém responder isso para o torcedor.

Com o empate, o jogo ficou mais aberto, com chances perdidas de ambas as equipes. O São Paulo trocou Hugo por Eduardo Costa e, pela primeira vez no jogo, ficou com onze jogadores. Mesmo assim não adiantou muito. Richarlyson e André Lima também entraram nos lugares de Arouca e Washington mas o panorama do jogo pouco se alterou. Pior, as bolas nem chegavam mais para os atacantes.

Resultado justo. Jogo movimentado porém ao todo desagradável para o são paulino. Mais uma vez vimos que com quatro cadenciadores em campo (Jorge Wagner, Hugo, Arouca e Hernanes) a coisa não flui. Jean e Richarlyson (depois) eram os únicos que davam alguma movimentação em campo. Não é suficiente.

Dois detalhes do jogo. O primeiro foi a falta na risca da grande área, rolada pelo capitão Rogério para o chute torto de Hernanes. De lá não tem xurumela; tem que bater no gol de qualquer maneira! Não podemos nos dar ao luxo de perder esse tipo claro de situação na partida. Lá é sua, capitão!

O segundo detalhe é a saída esquentada de Washington, substituído por André Lima. Enquanto o canal PFC erroneamente especulava uma briga do W9 com o técnico Muricy Ramalho (o que não aconteceu), apesar de ter sumido no segundo tempo, o Washington está certo em reclamar da falta de bola no ataque. Para os microfones após a partida, o coração valente usou o exemplo da falta recebida rente a grande área para mostrar o porquê que os atacantes devem ser mais servidos nos jogos. O que adianta trocar de atacante se a bola não está chegando?

Apesar do resultado, o São Paulo continua numa boa posição na tabela do Paulistinha (30 pontos, na terceira posição), apesar de ainda não estar confortavel no torneio. Precisamos de, pelo menos, quatro pontos nos dois próximos jogos da competição: Noroeste (fora de casa) e periquitas floridas (no Morumbi). Depois as atenções se voltam todas para a Libertadores.

Mas fica aquela pulga atrás da orelha novamente. Quando a gente acha que vai virar filé…
VOLTA O PÃO COM OVO!

Saudações tricolores!

Notas dos personagens da partida:

Rogério Ceni Algumas defesas tranquilas de jogo. No segundo tempo, participou do inexplicável apagão tricolor após o gol do Rodrigo. Sua função como capitão também é evitar que isso aconteça em campo. Nota: 5,5

Renato Silva Atuação normal e segura. Não enfrenta o Noroeste. Nota: 6,5
Miranda Teve dificuldades com a falta de marcação no primeiro tempo. No segundo teve uma atuação bem tranquila. Nota: 6,0

Rodrigo Atuação regular e o nome do gol. Nota: 7,5

Arouca Mais uma vez perdido na função. Para mim é o terceiro entre os três do setor. Nota: 4,0

Jorge Wagner Muitos passes errados e escanteios no primeiro pau. Um dos únicos certos resultou no gol. Nota: 4,0

Jean Sobrecarregado, não conseguiu atuar como de costume. Nota: 5,5

Hernanes Um primeiro tempo apagado pela boa e violenta marcação adversária. No segundo tempo melhorou e arrematou mais a gol, mas sem eficiência e sem o necessário para conduzir o time a um melhor resultado. Nota: 6,0

Hugo Sabe o gosto que tem “pão com ovo”? É o mesmo gosto que se tem quando vê o Hugo jogar no meio campo desse time. Sem gosto, sem vibração, sem nada. Jogar com o Hugo no meio é como ter dez jogadores em campo. E mais: jogador desmotivado num clube como o SPFC tem que sair já! Nota: ZERO

Borges Quando a bola chegou, no primeiro tempo, teve seus momentos. So segundo tempo sumiu em campo, da mesma maneira que as bolas ao ataque. Nota: 5,0

Washington Alguns momentos no primeiro tempo, e um gol perdido na primeira etapa na grande área. No segundo sumiu, assim como o ataque e, para variar, as bolas ao ataque. Nota: 4,0

Eduardo Costa Não foi uma estréia de gala, mas contando o tempo parado, é um começo. Nota: 5,0

Richarlyson Entrou no lugar de Arouca e deu, pelo menos, mais movimentação no meio de campo. Nota: 6,0

André Lima Tocou na bola? Sem nota.

Muricy Ramalho Entrou com a força máxima do momento, dizendo que cobraria o jogador que não atuasse 100%. Nesta filosofia tem que cobrar geral de todo o time pois os passes errados e a falta de ímpeto foram evidentes. Outra coisa, por que ainda insiste com o Hugo? Será que não é o caso de colocar a molecada e deixar o “Riquelme negro” como opção no banco para eventualmente entrar no ataque? Nota: 4,0

Trio de arbitragem Atuação normal. Gol bem anulado do SP no primeiro tempo. Só pecou ao permitir a violência de alguns jogadores do Jundiaí, que o tricolor não conseguiu aproveitar.
Torcida Participou em Jundiaí, mas deve ter saído de cabeça quente com a apresentação apagada.

Juvenal Juvêncio Vende o Hugo na primeira proposta. Ele é o Tardelli do meio campo!